ATA DA QUARTA REUNIÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA COMISSÃO REPRESENTATIVA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 16-01-2014.

 


Aos dezesseis dias do mês de janeiro do ano de dois mil e quatorze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Comissão Representativa da Câmara Municipal de Porto Alegre. Às nove horas e quarenta e cinco minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Alceu Brasinha, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Paulinho Motorista e Professor Garcia, titulares, e o vereador Clàudio Janta e a vereadora Lourdes Sprenger, não titulares. Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Reunião, compareceram os vereadores Alberto Kopittke, Bernardino Vendruscolo, Delegado Cleiton, Jussara Cony, Reginaldo Pujol e Tarciso Flecha Negra, titulares. Após, foi apregoado o Ofício nº 023/14, do Prefeito, informando que entrará em gozo de férias do dia de amanhã ao dia trinta e um de janeiro do corrente. Do EXPEDIENTE, constaram Ofícios s/nº, de Luiz Fernando Barboza dos Santos, Presidente da Associação dos Procuradores do Estado do Rio Grande do Sul; e s/nº, de Moisés Waismann, do Observatório Unilasalle: Trabalho, Gestão e Políticas Públicas; e nº 006/13, do vereador Valdair Bortoluzzi Simões, Presidente da Câmara Municipal de Formigueiro – RS. Ainda, foi apregoado Comunicado de autoria da vereadora Fernanda Melchionna, Vice-Líder da Bancada do PSOL, informando, nos termos do artigo 83, parágrafo único, do Regimento, que o vereador Pedro Ruas substituirá Sua Senhoria na titularidade da Comissão Representativa nas reuniões dos dias vinte e dois, vinte e três, vinte e nove e trinta de janeiro do corrente. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores Paulinho Motorista, Mario Fraga, Márcio Bins Ely, Jussara Cony, Fernanda Melchionna, Alceu Brasinha, Delegado Cleiton, Lourdes Sprenger, Tarciso Flecha Negra, Reginaldo Pujol e Clàudio Janta. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Delegado Cleiton, Tarciso Flecha Negra, Reginaldo Pujol, Alberto Kopittke, Clàudio Janta e Mario Fraga. Durante a Sessão, o vereador Reginaldo Pujol pronunciou-se acerca de assuntos diversos e foi registrada a presença, neste Plenário, do vereador Gilson Conzatti, da Câmara Municipal de Iraí – RS –, Presidente da União dos Vereadores do Brasil – UVB. Às onze horas e trinta e um minutos, o Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para a Reunião Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Professor Garcia e Márcio Bins Ely e secretariado pelo vereador Guilherme Socias Villela. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

O Ver. Paulinho Motorista está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. PAULINHO MOTORISTA: Bom-dia, Presidente Professor Garcia, Ver. Villela, nosso sempre Prefeito; bom-dia aos demais Vereadores, ao pessoal que nos assiste em casa e nas galerias, ao pessoal da Casa; sem exceção, bom-dia a todos. Continuamos falando na situação da minha classe, a classe rodoviária, que está esperando uma definição do dissídio para que haja uma aumento salarial digno. Vamos ficar acompanhando, com certeza eu sempre à frente deles, para que tenham um reajuste justo, porque é uma classe sofrida e que merece ter um aumento salarial justo para que possa trabalhar mais tranquilamente. Eu espero que, o quanto antes, nesses próximos dias, seja definido um aumento salarial para a minha classe rodoviária, pela qual eu sempre luto, e que, com isso, não seja atingida a nossa população de Porto Alegre, que nos elegeu e nos colocou aqui como Vereadores para trabalhar, para que Porto Alegre ande melhor. Eu, como os demais 35 Vereadores aqui presentes acompanharemos essa situação, e que a classe rodoviária tenha a sua vitória nesse dissídio, porque, a cada ano que passa, sempre é o mesmo, aquele aumento insignificante para a minha classe tão sofrida, em que trabalhei por vários anos e sei bem como funciona um serviço, no dia a dia, prestado a essas empresas de Porto Alegre. E continuaremos aqui com certeza. Passou 2013 e fico feliz porque em 2013 consegui aprovar o meu projeto de linhas diretas aos bairros afastados mais de 20 quilômetros do Centro de Porto Alegre. Estou esperando que comecem a circular essas linhas rápidas lá para Belém Novo, Ponta Grossa, Restinga, Lami, enfim, para os bairros afastados, para que a população tenha qualidade de vida, qualidade de transporte em Porto Alegre, pois é uma população sofrida, que trabalha e seu dia a dia tem que ter um transporte público que realmente seja eficaz para cada um deles, para que possam ser usuários que desfrutem do direito de qualidade no transporte.

Com certeza, várias demandas nos foram passadas, como também a vários Vereadores que estão aqui presentes. Estamos aqui trabalhando sem parar nesses dias, e, como o Ver. Idenir Cecchim ontem falou, somos Vereadores nas 24 horas do dia, estamos aqui para trabalhar para o povo que nos elegeu, que nos colocou aqui. Então, não vamos virar as costas para a população de Porto Alegre. E eu continuo dizendo que a classe rodoviária pode contar comigo sempre. Sempre que precisarem, estarei à frente deles para decisões para acompanhá-los em qualquer momento e que a população de Porto Alegre também pode contar conosco, porque estamos aqui sempre presentes. Está aqui também o Ver. Reginaldo Pujol, grande e experiente Vereador, grande amigo que conquistei. Estamos aqui unidos, todos os Vereadores, juntos, cada um dando um pouco de si para que Porto Alegre funcione da melhor maneira possível.

Falo também do trânsito. Eu acho que a maioria dos acidentes, sinto ter que dizer, acontecem por falta de respeito. As pessoas têm que ter respeito umas com as outras, estando num carro maior, num carro menor, numa bicicleta ou numa moto. Se tiver um espaço pequeno para mim e para outra pessoa, se houver respeito, deixa o espaço para o outro; perde um segundo ali, mas não se perdem vidas, como vem acontecendo. É muito triste o que está acontecendo no nosso trânsito no dia a dia.

Quero deixar um abraço a todos e dizer que continuaremos trabalhando, em 2014, sempre firmes, sem virar as costas para a nossa população, sem virar as costas para qualquer um que venha nos procurar e trazer demandas para nós, porque estamos aqui para trabalhar. Um abraço a todos. Bom-dia.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Registro a presença do Ver. Gilson Conzatti, de Irai, atual Presidente da União dos Vereadores do Brasil – UVB. É um prazer, Vereador, recebê-lo aqui na Casa.

O Ver. Mario Fraga está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, público que nos assiste nas galerias e pela TVCâmara, bom-dia. Vou começar falando no projeto do Ver. Paulinho, sobre o ônibus direto pelo nosso bairro. Também, ontem, falamos no ônibus Restinga/Belém Novo, Belém Novo/Restinga, por causa do posto de saúde 24 horas na Restinga. V. Exa. deverá apressar essa ideia, porque, em breve, teremos o Hospital da Restinga, que vai nos beneficiar. Mais uma vez, Ver. Paulinho, parabéns pelos projetos apresentados.

Professor Garcia, ontem à tarde, tivemos uma reunião muito importante com o Prefeito em exercício, Sebastião Melo. Quem solicitou a reunião foi o Ver. Dr. Thiago, nosso colega. Eu e o Ver. Paulinho Motorista o acompanhamos, Vereador-Líder Márcio Bins Ely, para tratar do nosso posto, que V. Exa. conhece, na Rua Florêncio Farias. Infelizmente, desde o dia 1º de dezembro de dezembro, fechou o plantão que tínhamos lá, que era das 18h às 22h. Hoje, estamos com atendimento de segundas às sextas feiras, das 7h às 18h, e perdemos o terceiro turno, que era das 18h às 22h, desde o dia 1º de dezembro de 2013. Ontem, na reunião com a Comissão de Saúde de Belém Novo, com o Tadeu Barros e outras lideranças, o Dr. Thiago encaminhou, junto com este Vereador e com o Ver. Paulinho Motorista, um pedido ao Prefeito em exercício, Sebastião Melo, para que o posto reabra até as 22h.

Fizemos mais, Ver. Paulinho. Este Vereador solicitou ao Prefeito Sebastião Melo que o Ver. Dr. Thiago, que se colocou à disposição da comunidade, passe a atender no Posto de Saúde Belém Novo. Para que isso aconteça o Prefeito e o Secretário Casartelli têm que dar uma autorização e a nossa comunidade está esperando ansiosa pelos trabalhos do Dr. Thiago Duarte. Então, este Vereador fez um apelo ao Prefeito em exercício Sebastião Melo para que autorize o Dr. Thiago a começar imediatamente a atender em Belém Novo, já que ele está disposto a cumprir mais esta tarefa em sua vida.

Queria também falar que estivemos em Belém Novo - o Ver. Paulinho conhece a região -, junto com Tarso Boelter, do DEP, no campo do Trianon, porque, quando chove, dá alagamento na rua do campo do Trianon. Aquela rua alaga, o campo alaga e entra nas casas, Ver. Pujol - falo em seguida no nosso assunto, Ver. Pujol. Falo do campo do Trianon e agradeço a visita do Tarso Boelter, que esteve lá conosco, e acho que vamos conseguir um pedaço da canalização emergencial, porque está avançando na Casa.

Ver. Pujol, o meu terceiro assunto aqui é a nossa Restinga. Quando fui para lá, V.Ex.ª já estava na Restinga, mas naquela visita do Prefeito na comunidade, Ver.ª Lourdes, estivemos em três campos de futebol da Restinga, e a comunidade já está solicitando... E por isso pedi sua atenção, Ver. Pujol, porque aqui na Casa, ex-Prefeito Socias Villela, nós temos um novo método, Ver. Paulinho, que não tínhamos antes, que é a indicação para o Executivo. Queria pedir para V.Exa. assinar comigo, Ver. Pujol, a indicação para o Executivo transformar o campo Zero Hora – lá têm três campos - num complexo esportivo; transformar o campo Zero Hora, onde o prefeito nomeado é o nosso amigo Catarina, para que aquele campo se transforme num complexo esportivo. O que é um complexo esportivo? Duas canchas de futebol sete, uma cancha de areia e uma cancha de bocha. Como nós não podemos legislar nesse sentido, Ver. Brasinha, e o IAPI está sendo contemplado com isso tudo na sua cancha, nós vamos fazer essa indicação, Ver. Pujol, e gostaria que V. Exa. assinasse comigo essa indicação, que foi uma solicitação da comunidade, uma solicitação do Catarina e do Bira, o barbeiro da Restinga. Ver. Professor Garcia, vamos fazer essa indicação através do meu gabinete, junto com o Ver. Reginaldo Pujol, e convidamos os demais Vereadores para assinarem também, a fim de que esse campo da Zero Hora seja transformado em um complexo esportivo lá na Restinga, de que a comunidade muito necessita. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. MÁRCIO BINS ELY: Bom-dia a todos, quero aqui, cumprimentando o Professor Garcia, Presidente; o nosso sempre Prefeito Villela, a Ver.ª Lourdes, que hoje compõem a Mesa, cumprimentar os demais Vereadores e Vereadoras, o público que nos assiste nas galerias, pela TVCâmara. Vereadores que me antecederam aqui, Paulinho Motorista e Mario Fraga, quero fazer algumas considerações, até em homenagem ao Paulinho Motorista, fazer uma reflexão a respeito desses últimos acidentes que aconteceram nas rodovias, ali em Tubarão e agora aqui no Vale do Taquari, vitimando cinco pessoas de uma mesma família, dizer que realmente nós precisamos trabalhar de maneira a conscientizar as pessoas. Os dados e os números que se apresentaram com relação ao Ano-Novo, Natal, ainda há algumas pessoas dirigindo após ingerir álcool, os números, os índices estão muito altos. Sempre que venho à tribuna quero dizer que a minha família foi vítima de um acidente de automóvel, perdi o meu avô quando eu tinha 8 anos, e hoje a gente percebe como a legislação endureceu. Outro dia, três pessoas próximas me procuraram porque tiveram a carteira de motorista apreendida, porque agora, se o motorista for flagrado dirigindo com mais de 50% da quilometragem permitida perde a carteira, onde num local é permitida a velocidade 60 Km, passou a 91 Km, tem a carteira apreendida por um ano. Mas mesmo com uma multa num valor alto, ainda assim a pessoas morrem no trânsito; as pessoas dirigem embriagadas. Então, acho que temos que fazer um trabalho para conscientizar e procurar, de todas as formas possíveis, dar a nossa contribuição para que esses índices possam diminuir.

Quero aproveitar este momento de reflexão, quando a gente traz aqui o êxito em algumas aprovações de projeto como foi dito pelo Paulinho, que nos antecedeu, a respeito de projetos que ele conseguiu aprovar no ano passado. Quero dizer que também no ano passado uma das nossas metas era poder aprovar um projeto de lei, de nossa iniciativa, que incluiu no calendário e no currículo escolar da rede pública municipal a obrigatoriedade de lecionar, na disciplina de História, o período da legalidade. E vamos ter, este ano, a comemoração dos 50 anos da legalidade, e o nosso partido, e quero fazer aqui um convite em nome da Bancada do PDT, dos Vereadores Nereu D’Avila, Mario Fraga, Dr. Thiago, Delegado Cleiton e este Vereador para, no próximo dia 22 de janeiro, dia do aniversário do Governador Leonel Brizola, quando vamos estar inaugurando uma estátua para Brizola, entre o Palácio e a Catedral, no coração da legalidade, na Praça da Matriz. É uma estátua em homenagem ao Governador Leonel Brizola. Acho que é a primeira estátua do Brasil que se ergue a Leonel Brizola, aqui no Rio Grande do Sul, que foi um trabalho coordenado e encabeçado pelo nosso Deputado Vieira da Cunha. Então, às 17h, entre a Catedral e o Palácio, estaremos inaugurando, no dia 22, quarta-feira, uma estátua em homenagem a este grande Líder que foi construtor de mais de seis mil escolas e que tem uma trajetória que dispensa qualquer apresentação. Queremos fazer este convite.

Ontem ainda falei com o Ver. Christopher Goulart, que está aguardando por uma resposta relativa às investigações quanto ao assassinato ou não do Jango, num trabalho coordenado pela Ministra Maria do Rosário, e eu tenho a impressão de que deve ser muito esclarecedor para nós, ainda mais neste ano em que reverenciamos, porque aniversário de morte a gente registra, mas não comemora, os 10 anos da morte de Leonel Brizola. Então nada mais justo do que estarmos erguendo aqui na Capital dos gaúchos esta estátua.

Quero cumprimentar todos aqueles que de uma forma ou de outra colaboraram para que a gente pudesse chegar a este momento, na Secretaria de Obras, na Secretaria do Planejamento, o IPHAN, e o Epahc, o nosso Arquiteto Hermes, que também colaborou, sobremaneira, o artista plástico que foi o idealizador dessa estátua, e obviamente aquele que foi um grande batalhador, angariando recursos, pois a gente sabe que erguer uma estátua não é algo simples, que é o nosso Presidente Vieira da Cunha, a quem rendemos aqui as nossas homenagens. Convidamos a todos, então, e estaremos distribuindo aos Vereadores, e nas redes sociais, o convite para que, no dia 22, possam estar também prestando a sua homenagem a esse grande líder que foi Leonel Brizola, a quem erguemos uma estátua na Praça da Matriz, especialmente, por toda sua caminhada, por sua trajetória e por tudo que representou para o povo porto-alegrense, para o povo gaúcho e para o povo brasileiro. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

O SR. SECRETÁRIO ad hoc (Guilherme Socias Villela): Apregoo a substituição da Titular da Comissão Representativa, Ver.ª Fernanda Melchionna, pelo Ver. Pedro Ruas, no período de 22 a 30 de janeiro de 2012.

 

O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. JUSSARA CONY: Sr. Presidente, Ver. Professor Garcia; Ver. Guilherme Sócias Villela, quero saudar também a presença da Ver.ª Fernanda Melchionna, neste momento, na Mesa, o que significa a participação das mulheres nesta Câmara Municipal. O assunto que trago hoje não deixa de ser recorrente, porque ontem fiz essa intervenção aqui como uma das Vereadoras, junto com o Ver. Clàudio Janta, indicadas pela Mesa Diretora anterior, e referendada agora por esta Mesa Diretora, para ser a representação na Câmara junto à coordenação do Fórum Social Temático. Como nosso Presidente, Ver. Professor Garcia, já anunciou, temos a presença do Ver. Gilson Conzatti, que é o Presidente Nacional da nossa União dos Vereadores do Brasil. Eu sempre faço uma referência à União dos Vereadores do Brasil, relembrando um período, há 30 anos, quando tive a honra de ser Secretária-Geral da União dos Vereadores do Brasil, num momento histórico do nosso País, quando a União dos Vereadores do Brasil reuniu cinco mil Vereadores em Brasília para articular e organizar a nossa participação na luta pela Assembleia Nacional Constituinte, levando as questões municipalistas, as questões dos Legislativos, no sentido de que nós, os Vereadores, tivéssemos a participação à altura da importância do que significam os mandatos municipais. Eu tenho dito, e o Ver. Tarciso me ouve com toda a atenção, como sempre, que não entendo gestão em uma cidade sem a participação dos Vereadores. A gestão não é apenas do Executivo. O Legislativo tem um papel importante não só na elaboração de projetos, mas porque essa elaboração de projetos pressupõe uma articulação com a sociedade. Nesta Casa, que é a mais plural de todas, surgem todas as demandas da sociedade. Ela também fiscaliza as ações da gestão, que são fundamentais para a implementação de políticas públicas, e traz para esta tribuna, independente de todos os Vereadores serem ou não participantes, em um determinado momento, do Governo que está no Município, mas com a visão que esta Câmara aprofunda cada vez mais, Ver. Gilson, políticas de estado.

Eu fiz questão de vir à tribuna para falar da sua presença, ligá-la com esse processo do significado de uma entidade como a União dos Vereadores do Brasil e que teremos, sem dúvida, no início da Legislatura com o Professor Garcia, com a Mesa Diretora, um momento em que a União dos Vereadores do Brasil aqui estará mostrando, porque há uma articulação política com esta Câmara, o momento agora da realização do Fórum Social Temático, a sua efetiva participação. Nós estaremos em várias oficinas produzidas numa articulação política Câmara Municipal/União dos Vereadores do Brasil/ uniões de vereadores de Estados, que são congregados pela UVB, e também com os movimentos sociais, com as centrais sindicais. Nós teremos atividades nesta Câmara decisivas. Nós teremos, por exemplo, a nossa participação nas reformas estruturantes para o Brasil. É uma decisão da Carta da UVB e da Marcha da União dos Vereadores do Brasil. Nós teremos a participação em um debate sobre as ideias para fazer o Brasil avançar porque as demandas chegam aos Vereadores para fazer o Brasil avançar e queremos que o Brasil avance ainda mais. Nós teremos a discussão de um parlamento comum das regiões metropolitanas com uma experiência importante de Natal, no Rio Grande do Norte. Nós teremos uma reunião de todas as entidades dos Vereadores junto com a Frenavru, Frente Nacional dos Vereadores pela Reforma Urbana, que é coordenada nacionalmente por um Vereador desta Casa, o Ver. Comassetto, em que estaremos discutindo a organização dos Vereadores, o seu papel no processo político do País e os seus compromissos com as reformas, com as transformações da sociedade. O Ver. Janta, que está junto conosco nesta coordenação, estará também trazendo aqueles Vereadores que foram eleitos pelo Movimento Sindical, como tantos outros Vereadores que são eleitos pelo movimento popular, pela luta das mulheres. É um momento muito precioso, porque os Vereadores não são eleitos sem uma relação política com a sociedade. A nossa eleição é fruto dessa relação política com todos que representam a sociedade.

Nós teremos também um debate importante sobre a reforma urbana, Ver. Pujol, para dar consequência, V. Exa. foi um dos Vereadores desta Casa que foi eleito na Conferência Municipal para participar no processo da construção da reforma urbana. O Ver. Paulinho nos ajudou muito sob a presidência do nosso ex-Presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, no Movimento Saúde+10, sobre os 10% da Saúde, o que, nesta Câmara Municipal, todos os Vereadores e Vereadoras assinaram.

Então, são essas questões que esta Câmara de Vereadores estará discutindo no Fórum Social Temático.

Hoje, pela manhã, nós tivemos, então, a honra da presença do Gilson Conzatti para fechar essa programação, para mostrar o compromisso da união dos Vereadores do Brasil com o papel que o próprio Fórum Social Temático joga na cidade de Porto Alegre, para que políticas públicas se materializem, para que Porto Alegre esteja em sintonia com as transformações que o Brasil precisa.

Eu finalizo agradecendo a sua presença, Ver. Gilson Conzatti, que tem tido um papel importantíssimo, liderando a marcha dos Vereadores do Brasil no avançar da compreensão do nosso papel para as transformações e do nosso papel com a sociedade que nos procura para garantir essas transformações. Agradeço ao nosso Presidente, Ver. Garcia. Quero manifestar, mais uma vez, o significado da sua compreensão e da sua assessoria para que esta Casa seja um território do Fórum Social Temático com uma programação tão importante para a cidade de Porto Alegre, para o nosso Estado e para o nosso País. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Bom-dia a todos e a todas. Eu queria trazer um tema que muito tem nos preocupado, nós que acompanhamos, Ver. Garcia, nosso Presidente, a situação precária da Educação no Rio Grande do Sul. Infelizmente, o nosso Estado não paga sequer os 35% que a Constituição prevê no Orçamento para a Educação pública.

É o sucateamento das escolas, é ainda a terrível falta de professores, o piso, que é uma Lei nacional, que não é pago. E trata-se de uma Lei, justamente, que é fruto da conquista da organização dos professores em âmbito federal, mas que foi sancionada quando o nosso Governador, o Governador Tarso Genro, era Ministro da Educação. E, como Ministro da Educação, propôs a Lei do piso, fruto da conquista dos professores, e quando candidato a Governador disse, peremptoriamente, no Congresso do CPERS, que pagaria o piso do magistério para a categoria.

Ano após ano, o Governador Tarso Genro não só descumpre a sua promessa para os professores, como atua fora da lei, porque o piso é uma Lei nacional descumprida pelo gestor que deveria garantir o mínimo de dignidade para os professores, que é o piso, cerca de R$ 1.500, que é o mínimo para a dignidade da profissão dos educadores e dos trabalhadores em Educação. E isso não é cumprido.

Para piorar a situação, nós acompanhamos uma reportagem veiculada pelo jornal Zero Hora sobre uma turma no Colégio Julio de Castilhos, a turma 11F, que, na verdade, mostra a realidade da maior parte das escolas no Rio Grande do Sul.

É a falta de professores, um professor dando aula para três turmas ao mesmo tempo, períodos reduzidos, algumas vezes, em função do sucateamento e da falta de estrutura da escola. Tudo que, infelizmente, se repete em boa parte das escolas no Rio Grande do Sul.

Eu fui estudante de escola pública e sei muito bem o que é isso. Uma vez, ficamos dois meses sem professor de química, no segundo ano do ensino médio. Esta Vereadora ficou dois meses sem professor de química, uns 10 anos atrás.

E o mesmo Governo - que neste momento está marcado pela investigação da Operação Kilowatt, do superfaturamento das obras nas escolas estaduais -, como resposta à crise da educação pública, abriu uma intervenção no colégio Julio de Castilhos. Uma intervenção que nos lembra, a palavra intervenção, justamente, os períodos nos quais lutamos para que houvesse verdade e justiça, quando as escolas tinham interventores, durante a ditadura militar, para controlar as suas atividades político-sindicais. Uma intervenção para criminalizar aqueles que já são vítimas do sucateamento das escolas públicas - o Diretor Antônio Esperança faz muito com muito pouco numa escola do tamanho do Colégio Júlio de Castilhos. Uma intervenção para tentar empurrar goela abaixo a reforma do politécnico, que desmonta o conceito de uma educação emancipadora e que foi empurrada para as escolas - no Colégio Júlio de Castilhos, encontrou, felizmente, muita resistência. Uma intervenção para acabar com a gestão democrática das escolas, que é uma lei, uma conquista do CPERS e dos educadores do nosso Estado. E o Governo Tarso Genro, no PacoTarso, no final do ano passado, tentou acabar com a lei da gestão democrática. Já que houve resistência e eles tiveram que retirar esse projeto em regime de urgência da Assembleia, tentam, pelas beiradas, limitar o movimento sindical, criminalizar a comunidade escolar e, ao mesmo tempo, culpabilizar aqueles que são vítimas de uma gestão incompetente, de uma gestão que não investe na escola pública e que não valoriza os seus professores.

Eu quero aproveitar este momento para repudiar, profundamente, a política da Seduc e a posição do Secretário José Clóvis diante da situação grave que nós estamos vendo com o desmonte das escolas públicas do nosso Estado e com a tentativa de criminalizar o Colégio Júlio de Castilhos, que é parte da história, que é um marco na luta e na organização de todos os momentos da batalha pela educação pública, pela democracia e pela legalidade, da luta contra a ditadura. Também quero deixar o nosso registro de apoio ao Professor Antônio Esperança, Diretor do Colégio, à comunidade escolar do Júlio de Castilhos e à luta do CPERS-Sindicato.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Vereadora. O Ver. Clàudio Janta está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Desiste. O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Desiste. O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Professor Garcia; querido Prefeito Villela; meu amigo, Ver. Reginaldo Pujol; Ver. Paulinho, venho a esta tribuna, mais uma vez, falar sobre o esporte. Por sinal, o Internacional começou mal o ano: perdendo. Ver. Mario Fraga, meu querido amigo, extraordinário, competente, trabalhador e um homem incentivador do esporte. O Mario Fraga é o verdadeiro representante do esporte amador. Eu tenho admiração pelo Mario Fraga, porque ele sempre luta e defende o esporte amador, o esporte da várzea, Ver. Mario Fraga, como se diz.

Eu quero convidar V. Exa., meu querido Reginaldo Pujol e os outros Vereadores, também, para participarem do evento, quando vai ser sancionada a lei que inclui a Semana da Vila do IAPI no Calendário de Porto Alegre. No dia 24, às 17h30min, o nosso Vice-Prefeito de luxo, que é o nosso querido Sebastião Melo, Prefeito, Vereador, vai estar sancionando a lei lá no IAPI. Então, gostaria de convidar, para participarem deste evento, o Presidente da Câmara, o Prefeito Villela, os outros Vereadores; o Ver. Reginaldo Pujol, que é um conhecedor, frequentador e, mais ainda, jogou bola lá no Alim Pedro; a Ver.ª Lourdes, que também tem ligação com o IAPI, para que a gente prestigie a nossa comunidade. A Semana da Vila do IAPI será na última semana de junho, Vereador. Gostaria de contar com a presença de todos, também, para os Vereadores olharem como estão andando as reformas e contrapartidas, e começou com o Professor Garcia lá na SMAM, que nos ajudou muito na época. A OAS está cumprindo rigorosamente com a revitalização. Senhores, venho em nome do PTB, falar aqui, em nome do meu Líder, Cassio Trogildo, Ver. Paulinho Brum, Ver. Elizandro Sabino, meu querido Humberto Goulart, Ver. Roni e nosso Secretário Casartelli.

Também quero falar das coisas boas que acontecem na Cidade. Ver. Professor Garcia, no momento em que o Prefeito estava assinando o financiamento, ao lado da Igreja São Jorge, ele falou que o senhor já tinha dado o nome ao viaduto, o de São Jorge. O senhor está de parabéns pelo nome do viaduto, o senhor saiu na frente, não foi o Nedel que botou o nome desta vez.

 

(Aparte antirregimental.)

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Foi o Nedel?! Mas ele disse que foi o senhor! O Nedel não perde uma, meu Deus! Mas que rapidez! Eu já tive problema com o Nedel aqui porque agora ele também quer dar nome nas rotas, lá no céu, no ar! É incrível! Ele é rápido! Eu tenho medo de morrer, porque, se eu estiver doente no hospital, não vou querer receber a visita do Nedel, porque, de repente, ele fica imaginando botar meu nome em rua. Eu tinha certeza que o viaduto era do Professor Garcia. Então não é! Eu vou dizer para os senhores que eu tive um projeto com nome de uma rua e não fui inaugurar, e o Nedel foi inaugurar a placa! Tudo bem, isso faz parte, cada um tem o seu trabalho e ele faz um bem pela Cidade, mas, realmente, ele monopolizou a colocação de nomes em ruas e a gente fica sem a oportunidade.

Mas quero falar do pequeno comércio, do pequeno empresário que está sofrendo muito com a carga de impostos que é muito grande. É difícil para ele se manter no comércio. Ele abre uma empresa e não consegue ficar cinco anos, porque é muito difícil. Acho que tínhamos que propor uma lei para baixar o ISSQN para o pequeno empresário, principalmente para aquele que presta serviços. Obrigado, senhores, e que Deus abençoe a todos.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra em Comunicações e, depois, prossegue em Comunicação de Líder.

 

O SR. DELEGADO CLEITON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, funcionários desta Casa, senhores que nos assistem aqui e pela TVCâmara, nós temos alguns assuntos a discorrer. Vou passar rápido um deles, uma notícia que eu recebi agora de um adolescente que estava postando na Internet sobre vendas de negros. Vejam bem: um adolescente. E passou pelo crivo do Google, passou pelo crivo de quem coordena a Internet e ficou postado alguns dias, ficou postado vários dias, até que movimentos sociais entraram e solicitaram a retirada deste anúncio: “Vendem-se negros”, e fotos de crianças negras. Vejam bem, senhores, precisou-se de ativistas, passou, e, muitas vezes, muitas pessoas leram e calaram-se! E o que é pior: vindo de um adolescente. Assim como, no dia 20 de novembro, nós tivemos pichações aqui do lado da UFRGS, no prédio da UFRGS, no viaduto próximo à UFRGS, contra as cotas para negros no restaurante e na cozinha do RU. Possivelmente pichado por jovens, possivelmente pichado por estudantes da UFRGS. Então, nós temos que avaliar alguns movimentos e trabalhar no mínimo uma conscientização. Eu sei que devem ser minorias, mas nós não podemos deixar que amanhã se transformem em maiorias.

Um outro assunto, e eu quero aqui dizer que eu tenho um respeito muito grande pela Presidenta Dilma, uma Presidenta que trouxe para si, até porque foi acolhida aqui, em Porto Alegre, foi acolhida no Rio Grande do Sul de uma forma hospitaleira, carinhosa, e creio até que ela é mais gaúcha do que mineira. E ela tem trazido para nós, tem visto Porto Alegre com outros olhos, basta ver a integração que existe do Governo Federal, em alguns setores, com o Governo Fortunati, com o nosso Governo. Mas eu estava lendo ontem em uma revista de circulação que falava sobre a lição venezuelana, que diz, mais ou menos assim, que há alguma coisa fundamentalmente errada quando a Venezuela demonstra estar mais avançada do que o Brasil em alguns pontos. E eu digo por quê: lá na Venezuela foi morta a miss e atriz Mónica Spear, ela e seu esposo foram mortos, foram assassinados, e eram pessoas que tinham um carisma muito grande reconhecido pelo povo venezuelano. O governo do presidente Nicolás Maduro, esquecendo qualquer divergência, buscou a oposição, que é uma oposição rigorosa, muito forte, mas buscou o entendimento da oposição. Buscou seus governadores, buscou seus prefeitos, e, em nome do interesse nacional, em nome de uma causa que é o interesse de toda uma comunidade, de todo um país que o colocou como presidente, esqueceu das divergências, esqueceu das ideologias e está buscando um projeto nacional para combater verdadeiramente a criminalidade naquele país. E é um pacto nacional, e isso, senhores, nós deveríamos ter aqui. É necessário um pacto nacional, é necessário romper com alguns pactos não digo ideológicos, mas alguns pactos partidários. Vejamos o que está acontecendo no Maranhão. Os presos estão degolando, filmando e passando na Internet. Um dia desses, o meu filho me disse que havia três vídeos com os caras degolando, botando fogo... Eu disse que evito ver esse tipo de cena, porque há 23 anos vejo isso, não com tamanha violência, mas vejo. Então, não abro a Internet para ver esse tipo de cena, mas está acontecendo.

Uma menina entrou no ônibus, jogaram gasolina e atearam fogo. Quando foi preso o marginal, ele disse que direcionou para ela, mesmo, que queria tocar fogo na menina, mesmo, porque queria demonstrar o poder que tinham. E aí, senhores? Com o maior respeito que tenho pelos governantes, a filha do Sarney, a Dona Roseana Sarney foi a público dizer que o que estava acontecendo era porque o Maranhão estava se tornando um Estado rico, estava crescendo, e esse era o motivo de tal violência. Tapou os olhos! Lavou as mãos! E a Presidente Dilma teria que tê-la chamado, teria que ter chamado todos os governantes, todos os prefeitos e ter feito um pacto realmente coerente, um pacto que realmente viesse a combater a violência. Vamos fechar fronteiras! Vamos ter tolerância zero com esse tipo de criminalidade! Vamos construir escolas, vamos construir presídios, mas presídios dignos. Vamos destruir esse presídio que temos aqui e vamos construir vários presídios que possam transformar criminosos em cidadãos. Vamos transformar este presídio aqui em Porto Alegre num centro de eventos. Já fiz este indicativo ao Governador. Deve ter botado numa gaveta qualquer, se não botou no lixo. Vamos transformar este Presídio Central, que não era para ser um presídio para alojar pessoas, mas de passagem, e que hoje aloja cinco, seis vezes mais presos do que deveria, sem as mínimas condições. Vamos implodir esse presídio. Vamos fazer presídios-escola, que possam transformar criminosos em cidadãos. Vamos levar segurança pública a sério, senhores.

E, Sra. Presidente, pessoa que admiro, pessoa que na época do golpe militar dava aulas dentro dos presídios, pessoa que tem no seu passado um histórico muito grande de lutas e transformação de cidadãos, vamos fazer do Brasil um país sério, vamos fazer um pacto de combate à criminalidade e um pacto a favor da segurança pública séria, senhores – é importante que se diga.

Então, venho aqui desabafar sobre esses dois pontos e dizer, Ver. Paulinho Motorista e Ver. Mario Fraga - meus companheiros da Zona Sul, de Belém -, meu Presidente - também meu companheiro da Zona Sul -, que a Hípica também está precisando de um estudo novo da EPTC para os ônibus naquela comunidade. Aos finais de semana, ônibus lá é de uma em uma hora. Essa é uma das reivindicações mais sérias e mais cobradas quando vou naquele bairro. O lotação tem que vir! Esperamos. Essa é uma luta de todos nós aqui, dos 36 Vereadores. Táxi-lotação para a Restinga, para Belém e uma melhora no transporte público. Obrigado, senhores. Segurança e paz para todos!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. LOURDES SPRENGER: Colegas Vereadores, quero cumprimentar o novo Presidente, meu colega, Ver. Professor Garcia, que presidirá a Casa neste ano, a quem desejo uma excelente gestão.

Quero abordar hoje um tema que vem preocupando a todos nós, que é o desaparecimento da memória histórica de Porto Alegre pela onda devastadora do furto de obras de arte de praças e logradouros. Na semana passada, participei de uma manifestação ao lado de médicos, artistas, historiadores no Parque Farroupilha, junto ao local de onde foi furtada a escultura do médico alemão Samuel Hahnemann, o pai da homeopatia. Essa foi a última estátua furtada, teve outras. O busto do médico homenageado por Porto Alegre estava desde 1943 instalado no parque, portanto, há 71 anos, de frente para a Av. João Pessoas, uma das ruas mais movimentadas de Porto Alegre. Feita em bronze, pesava aproximadamente ou mais de 100 quilos e foi serrada, operação que consumiu, no mínimo, 30 minutos, mas ninguém viu, ninguém percebeu a ação dos ladrões, nem mesmo a Guarda Municipal, que tem a seu encargo a vigilância das praças e parques, inclusive monitoramento na sede por telas. É muito provável que essa peça do patrimônio histórico da Cidade tenha sido vendida a um ferro-velho, que vai ser derretida, ou outro caminho, segundo se informa, a R$ 3,00 o quilo do bronze.

Temos constatado, é verdade, que Porto Alegre enfrenta uma onda de furtos e depredações de seu patrimônio histórico sem precedentes, tanto é que o Poder Público, impotente diante dos fatos, adotou uma solução também sem precedentes: passou a recolher as obras de arte do patrimônio e depositá-las na chamada Sala das Estátuas, um modesto galpão localizado na SMAM. No mundo inteiro, Sr. Presidente, as grandes cidades expõem gloriosamente os seus patrimônios à apreciação das pessoas, dos historiadores, dos visitantes e dos turistas. Mas, aqui em Porto Alegre, uma parte dela está num galpão, a outra desapareceu e se transformou em ferro-velho, e ainda restam algumas.

Eu desejo, Ver. Bins Ely, que a estátua de Leonel Brizola permaneça, para a história desse grande político, no local onde vai ser instalada. Será tão difícil ao Poder Público adotar uma atitude pró-ativa em relação a essa calamidade, no sentido de preservar o patrimônio que ainda resta em nossos logradouros e praças? Tantas e tantas câmeras têm se anunciado para cuidar de tudo e de todos, mas o patrimônio cultural público, que está no espaço urbano, não está contemplado. Que autoridade do Executivo dará explicações à população sobre a atuação da Guarda Municipal em relação a esses crimes? Ou dizer à Cidade como a ação está sendo conduzida junto à Polícia Civil e à Brigada Militar? Absolutamente nada! Nada até este momento, ou seja, apesar de inúmeros furtos de esculturas de bronze, até hoje não se tem notícia de que alguém tenha sido preso ou processado. Diante da falta de um inventário, de um planejamento estratégico que preserve as estátuas, monumentos e esculturas de Porto Alegre, resta-nos clamar a quem tem a responsabilidade de garantir a integridade deste patrimônio no sentido de agir com presteza, dedicação e senso público. Caso contrário, esperaremos pelo pior, inclusive o risco de perdermos a nossa estátua-símbolo, que é o Laçador. Tudo pelo desleixo, pelo descaso, lamentavelmente. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra em Comunicações e, depois, prossegue para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, em primeiro lugar, parabenizo a cidade de Viamão. Valeu, Viamão! A nossa cidade vizinha trazendo uma seleção, que maravilha! Nós que estamos tão pertinho, quer dizer que Porto Alegre e a Grande Porto Alegre estão bem. Parabéns, Viamão por receber a seleção do Equador em sua cidade. Oxalá que eles saiam com uma impressão maravilhosa do povo gaúcho. Outra coisa que quero dizer é que não esqueci do Museu do Negro. O ano de 2014 será um ano maravilhoso, número par, Museu do Negro. Vou bater nessa tecla do Museu do Negro, tenho o meu mandato até o ano de 2016 e até lá vou lutar para que esse Museu do Negro seja construído dentro da Capital dos gaúchos, nós que temos quase 50% de afrodescendentes. É importante que as lideranças negras, todos, ajudem a construir um museu nosso, essa é a verdade, em Porto Alegre. Às vezes, sou chato aqui com as cobranças, muitos pensam que sou da oposição, não sou oposição nem situação, vejo a política e vejo a nossa Cidade, onde caminho bastante, e ouço muitas reclamações. Então, a gente vai bater naquelas reclamações que têm fundamento, que me perdoe o Governo, que me perdoe quem quer que seja. Eu tenho aqui um informativo sobre o lixo. Isso está desde o início do ano, não é de agora, é um informativo que poderia estar fazendo sobre o meu mandato, sobre as leis, sobre o que fiz, sobre o kit escolar, sobre a senha do banco, não estou falando nisso, estou falando aqui do lixo que acho importante para o mundo, não só para Porto Alegre. Aqui estão os horários, nós já atingimos 34 bairros para onde já mandei o informativo, tenho uma carteira com 80 mil pessoas cadastradas, falando sobre lixo. Isso não é para falar mal do Governo, é para ajudar a cidade de Porto Alegre. Nós, Vereadores, estamos aqui para ajudar, esclarecer aquilo que o Governo está fazendo, essa é a verdade. Então, estou aqui ajudando, mostrando os dias da coleta de lixo no seu bairro, a importância do lixo, está bem aqui na capa: “Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma, recicle, imagine, repense, colete, devolva, use, perceba, reutilize, reaproveite, separe”. É importante nós termos uma Capital como Porto Alegre linda e maravilhosa. Então, só dessa maneira, se cada um fizer um pouquinho, nós vamos conseguir que aquela pessoa a 20, 30 quilômetros do centro de Porto Alegre, saiba o que está acontecendo no miolo da Capital. Porque muitas vezes a informação não chega: o que fazer com a lâmpada? O que fazer com aquele pedaço de sofá que eu tenho? Então, este Informativo (Mostra o Informativo.) está mostrando os dias, os horários que passa o caminhão recolhendo o lixo reciclável, o lixo seco. Eu tenho uma alegria muito grande por estar ajudando a minha cidade, a cidade que eu amo, a cidade que me acolheu, a cidade que me deu tudo, que realizou meus sonhos dentro da carreira profissional de futebol. E hoje, como Vereador, tento devolver um pouquinho daquilo que Porto Alegre me deu, daquilo que o gaúcho me deu. Gostaria de devolver muito mais, por aquilo que me ajudaram a conquistar aqui nesta capital maravilhosa. Tenho recebido, no meu Face - onde tenho 16 mil, 17 mil pessoas que me acompanham –, palavras que me deixam muito contente, que dizem: “Valeu, Vereador, valeu meu voto.” Esse Informativo nos dá a clareza do que fazer com o nosso lixo.

Eu quero ajudar no que estiver ao meu alcance. Não tenho interesse de bater no governo, não, mas de ajudar o governo, porque o governo é o povo também. Nós, Vereadores, somos o povo, viemos do povo, sabemos o que esse povo quer, o que esse povo precisa.

É simplesmente esclarecer, informar os dias que vai passar o caminhão, o que fazer com o lixo, a pilha, aquele remédio que eu não quero mais, que está com o prazo vencido, as lâmpadas, as garrafas. Isso está aqui no Informativo Tarciso Flecha Negra, e agradeço muito a minha equipe por ter entregado o Informativo em 34 bairros de Porto Alegre. Esperamos fechar. É pouco, mas eu estou fazendo a minha parte - a minha parte eu estou fazendo. Eu não vou ter na minha consciência que não ajudei a Cidade. Vou ficar tranquilo quanto a isso. Bata quem quiser em mim, mas tenho na minha consciência que vim aqui e trabalhei por uma cidade melhor para os nossos filhos e nossos netos. Obrigado, Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Ver. Tarciso Flecha Negra. O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra em Comunicações e, depois, prossegue para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, está é a quarta Reunião da Comissão Representativa. Eu estive em todas, inclusive da que não se constituiu. Podem dizer que cheguei muitas vezes depois da Reunião já ter começado, mas cheguei. Eu fico muito satisfeito por isso porque observo que esta tribuna não pode silenciar, Ver. Lourdes.

Recesso para Vereadores quer dizer moderação nas suas atividades e não ausência nas suas atividades. Hoje mesmo, a série de pronunciamentos que aqui ocorreram nos despertam para algumas realidades que não podem ser esquecidas no período de recesso. O Ver. Mario Fraga, por exemplo, atuante no Extremo-Sul de Porto Alegre, Belém Novo, Restinga, Lami, lembra e nos convoca para uma luta com a qual já estamos comprometidos juntamente com ele a respeito da transformação do Centro Esportivo da Restinga, que foi inaugurado em novembro de 1975 pelo Prefeito Guilherme Socias Villela, que é o 1º Secretário da Casa, agora retornando para a sua posição. De lá para cá, houve várias modificações e reinaugurações - eu mesmo tive a oportunidade de reinaugurá-lo em 1985. Agora, se observa que, por uma questão de uso e atendendo a uma realidade de que a extensão da área colocada à disposição do centro esportivo não permite a colocação de um campo de futebol com as dimensões da FIFA, para usar a expressão adequada, ou seja, aquelas dimensões legais, fala-se na ideia da transformação do centro num complexo esportivo com área para futebol sete, com área para bocha - por que não? É uma forma de garantir que os garis vão cuidar, botar a bocha ali no negócio.

Eu falava agora com o Mario, que, na sua inflamação, não falou no vôlei ou no basquete, mas nós vamos criar uma área para vôlei e basquete e até para a prática do que foi um dia futebol de salão - hoje é um futebol menor.

Tudo isso eu digo não para dar mais ênfase, porque já foi bem enfatizado pelo Mario, mas para sublinhar o pronunciamento do Ver. Alceu Brasinha, que, em alto e bom som, disse que o Mario é o representante do esporte amador do nosso Estado. Eu não tenho a menor dúvida quanto a isso. Eu conheci o Mario como centromédio de uma equipe de futebol, e, há poucos dias, na Restinga, quando tratava de esportes, eu dizia: não fala, quem fala em nome da nossa Bancada é o Ver. Mario Fraga.

Agora, o Brasinha também é um homem altamente vinculado ao esporte, ao nosso Grêmio, especialmente, e nos faz um convite para, no dia 24, Presidente - e V. Exa. tem que estar presente conosco lá, sem dúvida -, fazermos uma visita para examinar as obras ainda não inteiramente conclusas do Parque Alim Pedro. Não é mais Estádio Alim Pedro, tamanhas são as melhorias que estão sendo feitas e que são conquistas do Ver. Brasinha, uma demonstração que a OAS não é esse bicho-papão que todo mundo diz por aí, mas que colocou recursos substanciais para atender a uma velha reclamação dos moradores. E V. Exa., inclusive, participou fortemente nesse particular.

Então, esta manhã foi rica de pronunciamentos, o que demonstra a atenção permanente dos Vereadores com as coisas de Porto Alegre, com as coisas da nossa Cidade.

E, se isso não bastasse, e como nós pertencemos a este país, e a este estado, não faltaram pronunciamentos, inclusive, envolvendo a realidade do estado. E a jovem Vereadora, representante do PSOL, Fernanda Melchionna, com muita propriedade, ela que ainda não terminou a sua condição de estudante, lembrou do sucateamento das escolas públicas no Rio Grande do Sul.

E eu vou ter a tristeza de dizer que vou, mais uma vez, no dia 24, reafirmar aquilo que ela sentiu visitando o meu colégio, o Colégio Dom João Becker, o primeiro colégio noturno que surgiu na cidade de Porto Alegre, dentro da Vila do IAPI, também sucateado, e isso está acontecendo não por falta de reclamações, de indicações, e dos mais diversos pedidos de providências feitos.

Então, essa realidade de Porto Alegre e do Estado, às vezes se confundem. Com frequência a gente tem momentos de alegria, e até de euforia, afinal essa novela com o Governo Federal, do financiamento e da contrapartida para as obras do chamado esforço da Copa, e, agora, já é o esforço do PAC, parece que vai sair do papel. O Município de Porto Alegre vai assinar um contrato de financiamento, também da contrapartida, e nós, contribuintes, vamos pagar por isso, mas vamos ter acesso a esses recursos para podermos trabalhar agora nessa hora.

E, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, o Delegado Cleiton mexe numa ferida das mais dolorosas, que é o problema da segurança pública deste País. E nisso, Delegado Cleiton, V. Exa., pelo pouco tempo que teve para falar sobre esse assunto, não pôde lembrar que faz três anos que a Presidente da República esteve no Palácio Piratini e assegurou que o Estado do Rio Grande do Sul teria dois milhões de reais para recuperar o Presídio Central, e esse dinheiro não veio. Espero que venha algum dia, espero que ainda no Governo da Presidente Dilma, que tem sido a mais loquaz dos Presidentes que este País já teve, é a que maior número de recursos tem anunciado para o Estado do Rio Grande do Sul, recursos que lamentavelmente não se realizaram nem em 20%.

Por isso, Sr. Presidente, esta manhã é uma manhã extraordinária para esta Casa, mostra a polivalência dos seus integrantes, que cuidam da Restinga – porque a Restinga não pode ser esquecida nunca –, cuidam das vilas populares, Vereador e ex-Prefeito Guilherme Socias Villela – as vilas também não podem ser esquecidas, nós temos um pacto antigo nesse sentido. Nosso saudoso Governador Ildo Meneghetti já disse: os humildes, não se esquece jamais. V. Exa. é muito bem quisto na periferia de Porto Alegre. Não me surpreende a bela votação que V. Exa. tem, sem uma campanha das mais espetaculares, uma campanha normal que rendeu excelente e merecido resultado. Esta Casa não se esquece da sua periferia, e está, hoje, inclusive, ocupada com alguns assuntos que estão parados em Porto Alegre, e que agora, Ver. Janta, parece que vão andar. Quanto às famosas obras da Copa, a mais inteligente das iniciativas do Prefeito Fortunati foi a de dizer que essas obras eram necessárias para a Copa. Mas a Copa pode se realizar sem elas!

Eu não posso, como Líder do Democratas, Sr. Presidente, deixar de falar dos assuntos federais, porque, como qualquer bom brasileiro, estou estupefato diante do sucesso, entre aspas, da administração do Partido dos Trabalhadores, que consegue, agora, mais um campeonato. A partir de ontem, o Brasil é o primeiro no ranking dos juros. Tem os mais altos juros do mundo! Este é o nosso Brasil da Dona Dilma, do Partido dos Trabalhadores e de seus aliados. Sr. Presidente, nós não podemos mais ficar silenciosos diante dessa situação. É certo, Ver. Tarciso, que o nosso discurso não vai além da TVCâmara. Quem é que vai ter a ousadia de colocar o discurso de um modesto Vereador de Porto Alegre tentando desfazer essa mentira nacional do Brasil cor-de-rosa, que a propaganda oficial oferece como informação para todos os brasileiros? Quem? Qual o veículo de imprensa que, diante dessa pressão econômica que o Governo faz, vai ter a ousadia de colocar um pronunciamento do Ver. Pujol, Líder do DEM, de Porto Alegre, eleito por quatro mil e poucos votos, numa Nação de 200 milhões de brasileiros, 40 milhões – em torno disso – vivendo da Bolsa Família e de outros benefícios que o populismo lhes propicia?

Então, Sr. Presidente, nesta manhã, repito, quarta Reunião da nossa Comissão Representativa, eu preciso dizer, com a maior amplitude possível, diante de todo esse contexto, que não há a falsa unanimidade que é proclamada. Eu percebo que a grande maioria silenciosa das pessoas, muitas das quais não têm ido votar nas últimas eleições, porque não veem perspectiva, sonham em que se abra uma nova proposta, uma nova possibilidade. Eu, mesmo, tenho pugnado, junto ao meu partido, no sentido de que nós não devemos apoiar nenhum dos atuais candidatos à Presidente de República, e, sim, propor uma alternativa liberal para este País e ver com quantos nós podemos contar nessa resistência democrática. Até ousei propor o nome, o do Deputado Ronaldo Caiado, que é, na minha preferência, o candidato a Presidente da República, e vamos ver o que acontece. O que nós observamos é que no País, hoje, todos se dizem de esquerda ou de centro-esquerda. É a esquerda mais gloriosa do mundo, a esquerda que faz os melhores e mais amplos negócios com os particulares, enchem de dinheiro aventureiros, como o Eike Batista, que recebeu apoios financeiros imensos do Governo Federal e depois simplesmente fechou as portas da sua empresa, ou esta fechando as portas das suas empresas, e com elas houve um prejuízo incalculável, especialmente dos seus acionistas.

Aliás, falando em acionistas, Vereador-Presidente, ainda não está completamente esclarecido esse lucro extraordinário da Caixa Econômica Federal, que abriu milhares de contas e que, agora, provavelmente porque muitos dos seus correntistas não foram nem sequer avisados de que a conta esta aberta, declara que elas não existem e monta R$ 470 milhões como lucro, lucro derivado da sua ineficiência. Ora, os brasileiros em geral, os detentores do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na sua grande maioria já foram vítimas da quebra da Petrobras, porque investiram, o Governo os estimulou a investir o Fundo de Garantia em ações da Petrobras, que degela de um momento para outro, em função de ineficiência administrativa. Agora, quando os apagões se dão em todos os cantos deste País, especialmente no Rio Grande do Sul, onde não há dia e nem noite que não falte luz em determinado lugar do Estado, onde a CEEE, depois de longos anos de luta, consegue reabilitar um recurso, que é dívida nacional, mas que o Governo do Estado, com a cumplicidade da Assembleia Legislativa, lhe toma esse bilhão e meio, que era para melhorar as condições de distribuição de energia neste Estado; neste momento, a Eletrobrás confessa que não consegue realizar 30% dos seus investimentos, porque os recursos são só no papel. Na maior das esperanças de que este Brasil cor-de-rosa que hoje nos é apresentado possa pouco a pouco ir mudando a cor e que tenha uma cor mais real, mais verdadeira, capaz de permitir que, no enfrentamento da grande decisão de outubro próximo, a Nação brasileira possa sair da resistência e ir em frente fazendo com que este País retome o seu verdadeiro caminho. Chega de ilusão, chega de mentira! Vamos voltar para a realidade! O Brasil vai mal, muito mal; nós temos que mudar este País!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ALBERTO KOPITTKE: Sr. Presidente, estimados colegas, bom-dia, peço desculpas aos colegas que estavam inscritos na sequência, mas tendo em vista a eloquência do discurso do Ver. Pujol e a força que as suas palavras têm, eu tomei a liberdade de me inscrever porque ele falou, pelo menos, 15 vezes no nome do Partido dos Trabalhadores. Por isso, me dirijo a ele por algumas partes pequenas e menores do seu discurso. O que me preocupa não é a sua oposição ideológica liberal ao Governo Dilma, essa é legítima e democrática e ajuda o País a encontrar melhores caminhos. É bom que existam oposições ideológicas, socialistas, liberais, de toda a ordem, é assim que se constroem ações democráticas. Foi praticamente uma frase que me preocupou, uma frase em que ele diz que precisamos nos unir na resistência democrática, porque a democracia do País corre perigo - não, aí já é outra instância. Eu acho que sempre que vozes do passado, vozes que trazem de outros tempos um discurso de ameaça, que estaria sobre o País uma espécie de nuvem, só faltou a expressão comunista - que não é -, mas aquele tom conhecido de outras eras, independentemente seja contra o JK... em vários momentos da história do Brasil, logo em seguida, efetivamente, o Jango... Então, essas vozes parecem que se manifestam, no Brasil, de maneira sorrateira. Eu espero que entre as outras cores, que é preciso o País viver, além do rosa, do vermelho fraco, eu espero que entre essas outras cores não esteja o verde-oliva, porque é pela democracia que este País tem escolhido os seus rumos, pela primeira vez, por mais do que 20 anos, porque, antes disso, toda a vez que se tentou fazer alguma reforma popular, forças se ergueram clamando a união da pátria na defesa democrática, com essas mesmas palavras, e derrubaram a democracia. Todas as vezes que essas vozes, de alguma forma mais sutil ou menos sutil, vêm a público, é preciso mostrar o seu condão histórico, o fio histórico a que elas estão ligadas no Brasil, que nada tem de liberais. Se as forças de direita tivessem sido liberais na história do Brasil, tivessem respeitado a tradição liberal dos direitos civis, porque sempre foram sempre as primeiras a derrubar os direitos e garantias. E até hoje, contra o rolezinho do shopping, essas forças dizem que temos que usar a paulada e a cacetada. Até hoje, nos presídios do Maranhão, essas forças dizem que bandido tem que morrer mesmo decapitado, tem que viver na sarjeta, que direitos humanos são coisa de bandido. Existe um fio histórico que interliga esse discurso. Um fio muito concreto, que não é só de discurso, é de prática, tem força na história do Brasil, infelizmente uma força hegemônica, diga-se de passagem, e o que nós vivemos hoje é exceção dessa história, um período de inclusão social. Eu sei que deve apavorar muito algumas forças o fato de o Brasil hoje ser o país com o menor número de desempregados das Américas do Norte, do Centro e do Sul. Eu sei que isto deve causar uma comoção, o fato de o Brasil hoje ter o maior programa social do mundo, o Bolsa Família. Alguns ficam incrédulos. É o programa, aliás, que mais reduziu a taxa de natalidade. Isso não é dito porque a eles incomoda o fato de os pobres receberem políticas públicas, terem garantidos seus direitos. Então, eu tenho certeza de que não é perfeita mesmo essa realidade. O aumento dos juros indigna a mim talvez mais do que ao senhor, e às forças trabalhadoras muito mais, porque isso é interesse apenas dos bancos e do capital especulativo, que, todo dia, vem, na TV, dizer que o País vai quebrar, que o País não tem futuro, essas mesmas forças que fazem os juros crescerem. Então, esse debate é bom porque ele fortalece a democracia, e que assim sempre seja, porque é no debate democrático dos parlamentos que este País sempre vai construir um futuro melhor para todos e para todas, e não apenas para uma pequena elite travestida por discursos democráticos que não fazem parte da sua história.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Eu poderia encaminhar uma indicação? Eu sei que tem que ser por escrito, mas eu queria já avançar agora com a indicação para que a Câmara se dirigisse ao Tribunal Superior Eleitoral para pedir informação de qual o partido que governa o Maranhão, qual é a agremiação partidária da sua Governadora e do seu Vice-Governador. Evidentemente, Sr. Presidente, farei isso por escrito e entregarei no protocolo da Casa ainda nesta tarde, porque eu estou confuso: para mim, a Governadora é do PMDB e o Vice-Governador é do PT. Parece que não; parece que é de outro partido, porque eu ouvi no pronunciamento agora.

 

O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Pois não, Vereador, V. Exa. tem livre arbítrio para protocolar.

 

O SR. SECRETÁRIO ad hoc (Guilherme Socias Villela): Apregoo Ofício nº 023/14 do Gabinete do Sr. Prefeito dirigido ao Presidente da Câmara Municipal (Lê.): “Cumprimentando-o, cordialmente, comunico a Vossa Excelência e demais Edis, conforme prevê a Lei Orgânica no Município de Porto Alegre, que entrarei em gozo de férias regulamentares de 17-01-2014 a 31-01-2014. Registro, por oportuno, que o Sr. Vice-Prefeito, Sebastião Melo, responderá pelo Executivo na minha ausência. Atenciosamente. José Fortunati.”

O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Ver. Villela. O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Ver. Professor Garcia; nosso Secretário, Ver. Villela; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores; público que nos assiste na TVCâmara e nos ouve na nossa Rádio Web, tenho vários temas para falar hoje, mas um dos mais importantes é sobre a sétima alta seguida dos juros no nosso País. Além de passar ao índice de 10,5% de juros, que, bem sabido por todos, dificulta a vida dos trabalhadores na hora de conseguir um financiamento, um empréstimo para compra de um carro, de uma casa, de bens de consumo para sua casa. Também dificulta a vida da indústria nacional, das empresas no Brasil, que geram empregos, dividendos, empresas que dão dignidade aos seus trabalhadores. Essa alta de juros só vem beneficiar, Ver. Brasinha, a especulação e a agiotagem que os bancos fazem neste País. Se virmos todos os jornais de hoje, toda a imprensa hoje, só quem defende essa taxa de juros são os especuladores e os banqueiros. Todas as federações da indústria do Brasil, todas as federações do comércio do Brasil, todas as entidades de trabalhadores, com raras exceções, hoje estão condenando essa alta dos juros: a sétima alta seguida, e a projeção é que, em abril, esses juros cheguem a 11,25%. A maior taxa de juros do mundo! Além de nós termos a maior carga tributária do mundo, nós vamos trabalhar, este ano, um dia a mais para pagar impostos. Nós trabalhamos, no ano passado, até o dia 29 de maio, somente para pagar impostos. Para você que está em casa entender: tudo o que você ganhou de 1º de janeiro a 29 de maio de 2013 não entrou no seu bolso; entrou no bolso do Governo, sob a forma de impostos. Nós vamos começar a ganhar alguma coisa depois do dia 29 de maio. Só que neste ano aumentou mais um dia, vamos começar a ganhar depois do dia 30 de maio. Então, a cada ano, vem sendo tirado mais um dia de salário, um dia de produtividade do povo brasileiro. Isso não pode acontecer. Temos clareza e mostramos isso no momento de crise quando fomos às ruas dizer para o Governo que tinha que investir na indústria nacional, dizer para o Governo que a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o BNDES tinham que intervir na economia, que o Brasil, com certeza, nas duas grandes crises que houve, iria passar despercebido. E isso deu autoridade para o Presidente Lula, na época, dizer que estávamos passando por uma marolinha. E realmente passamos por duas marolinhas, porque naquele período o Presidente Lula usou a estrutura do Governo, os seus bancos públicos, usou a estrutura do BNDES para garantir o fortalecimento da indústria nacional, a geração de emprego e o crescimento do mercado interno. Agora, faz o contrário: volta-se a uma política que o Brasil derrotou há 20 anos de favorecer os juros, favorecer o mercado especulativo, favorecer os banqueiros e tirar o emprego do povo brasileiro, tirar o benefício da indústria nacional. Isso nós não vamos admitir mais: que o Brasil viva de especulação, que o Brasil comece a fechar as suas indústrias, que o Brasil comece a desempregar o seu povo. Há formas de conter a inflação. Há formas, e o Governo usou todas elas de uma vez só. O Governo, não ouvindo Maquiavel, fez toda a maldade de uma vez só: reduziu o IPI de todos os produtos industrializados e, aproveitando um período de férias de recesso de várias entidades e instituições, aumenta os juros drasticamente. O Governo usou todas as ferramentas para arrochar o povo brasileiro e, com certeza, levar este País à recessão.

Precisamos reduzir impostos, ter uma política fiscal clara, fazer as reformas estruturais que este País precisa. Não o que está sendo feito: frear o crédito, frear a produção... Eu queria usar o tempo de Liderança, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Clàudio Janta prossegue a sua manifestação, a partir deste momento, para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: ...frear a produção e endividar o maior banco de fomentos do mundo, que é BNDES, beneficiando meia dúzia de empresas. Então, eu acho que é importante que o Governo reveja isso. As centrais já estão se unindo para fazer uma nova marcha a Brasília, e, com certeza, a pauta principal dos trabalhadores continua sendo a redução dos juros, a redução dos impostos e, principalmente, o que se vê: o Governo anuncia a correção da aposentadoria em 5%, anuncia a correção do Fundo de Garantia em 5%, do Seguro Desemprego em 5%, e aí beneficia os banqueiros com 0,5%. Isso, com certeza, nós vamos enfrentar.

Outra questão, que foi notícia ontem em toda a imprensa, foi que as incompetentes inoperadoras, falidas companhias aéreas brasileiras estão pedindo 1.500 voos a mais, Ver.ª Fernanda Melchionna! Eles não conseguem nem administrar a carroça que eles têm dentro do Brasil! Eles não conseguem! Se liga a televisão – já virou rotina –, a gente vê as pessoas presas no aeroporto de Belém, presas no aeroporto de Fortaleza, presas no aeroporto de Guarulhos, presas no aeroporto de Brasília, porque as incompetentes companhias aéreas estão tirando o coro de seus trabalhadores! As incompetentes companhias aéreas, visando ao lucro, diminuíram o número de pilotos, diminuíram o número de copilotos, diminuíram o número das pessoas que atendem em balcão, diminuíram o número de pessoas que atendem dentro do avião e, agora, querem mais 1.500 voos! Mil e quinhentos voos! Eu sou oriundo do comércio. Se um cara tem um produto na sua loja, tem lá 10 pacotes de farinha e não consegue vender aqueles 10 pacotes de farinha, aí ele vai lá e compra mais 50! O Governo tem que abrir para outras companhias entrar no Brasil! O Governo tem que abrir para as companhias regionais! Tem que investir nas companhias regionais! Não dá mais para aturar o que se ouve! Antigamente, era uma parcela pequena da população que andava de avião, hoje é permitido que as classes C, D, E, que todas as pessoas tenham acesso a avião, mas não se tem esse bem! Esse bem nos é negado! E aí, agora, vêm as companhias aéreas dizer que querem mais 1.500 voos. Isso é debochar do povo brasileiro! Isso é achar que o povo brasileiro continua sendo o povo idiota, pelo jeito. Não consegue administrar o que tem e quer mais 1500. Outra questão que eu venho falar aqui neste um ano de Câmara de Vereadores, é que eu ouvi muito ser criticada a Prefeitura de Porto Alegre quando tenta pegar uma área pública, eu mesmo, como relator de um Projeto da Prefeitura determinando várias áreas para serem vendidas, no meu relatório indiquei que essas áreas fossem para habitação popular. Hoje se vê uma negociata, tentaram com outros governos e não conseguiram: a Fundação de Desenvolvimento de Recursos Humanos negociando uma área nobre na Av. Praia de Belas por uma área lá no Extremo-Sul. A empresa diz que está negociando uma área que tem o valor levantado de R$ 11,5 milhões por uma área de R$ 4 milhões. O empreendedor que está negociando diz que ali vai construir um shopping e um hotel. Mais um shopping em Porto Alegre? Nós temos 18 shopping centers em Porto Alegre.! Shopping centers que discriminam as pessoas, os trabalhadores, discriminam os moradores de vilas a entrarem nos seus estabelecimentos e aí nós vamos trocar uma área pública por uma área privada, com um valor bem abaixo para a construção de mais um shopping e um hotel? Quando se pegam áreas do Município de Porto Alegre e se tenta trocar, nós dizemos que não podemos porque temos que fazer moradia popular. Acho que esta área tinha que ser vendida. Nós temos vários prédios públicos que podem absorver a Fundação de Desenvolvimento de Recursos Humanos e usar toda aquela área para moradia popular. Concluindo, quero saudar a cidade de Viamão que vai nos presentear com uma seleção aqui no Estado. Tínhamos a expectativa de outras virem para cá, Uruguai, Argentina, Alemanha, Itália, mas o Equador está vindo para o Rio Grande do Sul e estará se concentrando em Viamão. Queria agradecer ao povo do Equador por escolher o nosso Estado, por estar aqui e, com certeza, será a segunda seleção dos gaúchos. Muito obrigado. Com força e fé vamos seguir lutando pelos trabalhadores brasileiros.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Mario Fraga está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, público nas galerias, público que nos assiste pela TVCâmara; meu colega Delegado Cleiton, queria usar esse tempo para fazer dois convites pelo Partido Democrático Trabalhista: amanhã, sexta-feira, o Partido fará um encontro em Capão da Canoa, na Câmara de Vereadores para elaborar o plano de governo do nosso pré-candidato Vieira da Cunha. Então, estão todos convidados, será discutida principalmente a situação financeira do Estado, a qual vamos herdar com a eleição do Vieira da Cunha, também a situação da Educação no Rio Grande do Sul. Aí, na Educação, faço um parêntese para a entrevista do Secretário José Clóvis de Azevedo, ontem, no jornal Zero Hora, onde praticamente acusou o outro Partido da coligação de ser o culpado das coisas que aconteceram na Operação Kilowatt. E o segundo convite que faço, pelo PDT, no próximo dia 22, que seria o dia do aniversário de Leonel Brizola, nós, do PDT, faremos uma homenagem junto com o Governador Tarso Genro, em Porto Alegre, ao lado do Palácio do Governo, na Rua Duque de Caxias, estaremos inaugurando uma estátua de bronze do Brizola em tamanho natural, às 10h. Então, fica aqui o convite do Partido Democrático Trabalhista, PDT, para o encontro amanhã, em Capão da Canoa, das 9h às 17h, na Câmara Municipal de Vereadores de Capão da Canoa. E fica o convite também para, na próxima quarta-feira, às 10h, a inauguração da estátua de Leonel Brizola, numa justa homenagem do Ver. Márcio Bins Ely, nosso Líder aqui na Câmara. E não há o que falar, não há o que dizer, todos nós conhecemos a história de Leonel Brizola aqui na nossa Cidade, no nosso Estado e no nosso País. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Nada mais havendo a tratar, estão encerrados os trabalhos da presente Reunião.

 

(Encerra-se a Reunião às 11h31min.)

 

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